(imagem retirada daqui:http://sociologiaemtela.blogspot.com)
Desconheço o autor do texto, que eu recebi por email. Mas, vale partilhar...
Ah! O blog de onde retirei a imagem cita parte do texto, mas sem mencionar a autoria também...
Certa manhã bem cedo, o meu pai convidou-me para ir ao bosque a fim de ouvir o cantar dos pássaros. Aceitei com grande alegria e lá fomos nós, umedecendo os nossos sapatos com o orvalho da relva.
Ele parou em numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, perguntou- me:
- Está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros?
Apurei o ouvido alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo o barulho de uma carroça que deve estar descendo pela estrada.
- Isso mesmo - disse ele. É uma carroça vazia. Sabe por quê?
- Não, respondi intrigado.
Então, o meu pai colocou a mão no ombro e olhou bem no fundo dos meus olhos e disse:
- Por causa do barulho que faz. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Não disse mais nada, porém deu-me muito em que pensar. Tornei-me adulto. E, ainda hoje, quando vejo uma pessoa tagarela e inoportuna, interrompendo intempestivamente a conversa, ou quando eu mesmo, por distração, me vejo prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impressão de estar a ouvir a voz do meu pai soando na clareira do bosque e me ensinando:
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!
sábado, 17 de julho de 2010
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