Mas o culto foi uma bênção, assim como a ED, na qual estudamos sobre consumismo e o papel da Igreja no mundo capitalista de hoje em dia.
Então, aqui vai um trecho de um livro de John Benton sobre o assunto, que tem o título de Cristãos em uma Sociedade de Consumo. Também achei interessante a imagem, porque demonstra o que falamos sobre fazer do mercado de consumo um deus.

Cristãos em uma Sociedade de Consumo
John Benton
Vivemos na era do consumismo. Há uma preocupação constante em conseguir padrões de vida cada vez mais altos, ainda que a ecologia do planeta sofra danos com isso. Estamos expostos a uma vasta e sofisticada indústria de propaganda que contínua e deliberadamente busca estimular o descontentamento. Ela diz constantemente ao indivíduo: "Você precisa de mais". Em uma época em que todo o direcionamento da vida das pessoas se volta para a ascensão na vida profissional, aquisição de bens materiais que nunca satisfazem, um cristão ser capaz de dizer "Estou bem assim; não preciso de nada" é um tremendo e maravilhoso choque para o sistema dos não-cristãos. Este é o fator principal. Ser conhecidos como alguém que é capaz e, contudo, não tem ambição maior do que estar contente em Deus é tão surpreendente que desperta as pessoas.
É tão chocante quanto ver um apóstolo velho, preso e malcuidado (Paulo), que prega uma religião desprezada, e perceber que ele está completamente em paz e radiante com a alegria celestial, a despeito de todas as circunstâncias. Não é de admirar que as novas do evangelho tenham se espalhado por toda a guarda pretoriana em Roma (Fp 1:13). Este homem era diferente de todos os prisioneiros que já tinham visto. Eles normalmente estavam mal-humorados e tinham muitas reclamações compreensíveis. Contudo, a cela deste homem era um lugar de alegria. Um coração repleto de alegria em Cristo é o segredo para causar este tipo de impacto em nossos vizinhos e colegas em nossa sociedade de consumo.
Sem dúvida, o contentamento cristão é muito importante também por outras razões. É uma bênção pessoal. "De fato, grande fonte de lucro é a piedade com contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustendo e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitos sofrimentos" (1 Tm 6:6-10). Mas aqui, simplesmente observemos que é o contentamento que causará um impacto a favor de Cristo. Em contrapartida, ter a preocupação de enriquecer não apenas levará a ter problemas espirituais, como convencerá o mundo de que não somos diferentes dele.
Fomos chamados por Deus. Ele pede que "abandonemos" a sociedade de consumo que tende a dominar as nações e até a igreja do Ocidente. Temos de ser diferentes no mundo que nos rodeia de várias maneiras. Devemos ser santos. E um ponto importante sobre esta santidade na atual geração é encher o coração do poder que vem de Cristo, que nos dá um contentamento sereno em todas as circunstâncias.
É por meio de Cristo que podemos fazer com que a sociedade desperte e perceba isso. Deus nos desafia para que sejamos visivelmente diferentes. Ele desafia esta geração de cristãos a ser transformada. Ele nos desafia a abandonar a falsa segurança do estilo de vida marcado pela ganância. A igreja de Cristo precisa se libertar dos grilhões do consumismo e, assim, ser capaz de glorificar a Deus aos olhos de um mundo atônito nos anos que estão por vir.
Fonte: http://www.ganancia.com.br/index.php?id=63
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