ENCONTROS COM O SALVADOR

(imagem: www.ultimasmisericordias.com.br)

Estudo de hoje: Encontro com o Ladrão na Cruz

1. Introdução: Em casas, nas ruas, à beira do caminho, dentro de um barco, junto a um poço, no templo, e até em cima de uma árvore. Esses foram alguns dos lugares onde aconteceram alguns dos encontros com Jesus que estudamos. Até aqui, não nos chamaram muito a atenção os lugares onde os encontros aconteciam, mas o encontro em si, seu contexto e suas conseqüências. Mas, com relação ao encontro de hoje, é impossível não destacar, além de tudo isso, “o local” onde ele ocorreu: na Cruz. Trata-se de um encontro com um ladrão. Leiamos Lucas 23.32-43 (sugestão: ler o texto bíblico e em seguida exibir o trecho correspondente do filme “Jesus – Segundo Evangelho de Lucas”. O vídeo está disponível para empréstimo aos grupos na secretaria)

2. Explicação e Comentário do Texto: Após sua prisão, ao amanhecer, Jesus foi apresentado ao Sinédrio (Conselho dos Judeus), levado a Pilatos (Governador Romano na Judéia), mandado a Herodes (Governador da Galiléia) e, de novo, a Pilatos, até que veio a sentença: morte por crucificação (Lc 22. 66-71; 23.1-25).
Jesus foi crucificado no Calvário, ao lado de dois ladrões. Foi da boca de um deles que saíram as últimas palavras ditas a Jesus antes da sua morte: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino”.
Nada sabemos acerca desse criminoso na cruz próxima a Cristo. Não sabemos o quanto e quantas vezes teria roubado. Nem tampouco conhecemos os motivos que o levaram a roubar. Sabemos apenas que era um ladrão e que, naquele terrível momento, ele encontrou o Salvador. Com as palavras de Jesus: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”, ele passou dos braços pesados da cruz para os braços acolhedores do Salvador.
O que fez aquele coração de assaltante converter-se? O que despertou sua fé? O que mexeu com ele? Ali, na cruz, mesmo desfalecendo, ele testemunhou algo: em meio às agressões e insultos, ele ouviu Jesus rogar a Deus por misericórdia. E mais impressionante ainda: misericórdia não para consigo mesmo, mas para com aqueles que o acusavam. As agressões eram agudas e implacáveis, mas Jesus, chamando Deus de “Pai”, clamava pelo perdão dos agressores.
Aquele ladrão que ouvia tudo isso à distância de um braço, virou sua cabeça para enxergar melhor e viu aquele homem de cujos lábios saíam palavras tão ternas. Quando seus olhos encontraram os olhos do Salvador, por um momento tudo parou. Naqueles olhos não viu ódio, nem desprezo, nem julgamento. Viu apenas uma coisa... PERDÃO. Então ele soube. Ele reconheceu. Estava face a face com o Filho de Deus, o Messias, o Salvador.
Num íntimo momento com o Salvador, o débito de moral de uma vida inteira foi cancelado. Em meio aos insultos humilhantes da multidão e apesar das dores cruciantes ali sofridas, aquele ladrão encontrou-se com Jesus e, consequentemente, com o Perdão e a Salvação.

3. Do texto para a minha vida: Tomando como base a leitura do texto bíblico e dos comentários acima, vamos refletir e compartilhar, utilizando as seguintes questões:

a) Jesus não havia dirigido nenhuma palavra ao ladrão, apresentando-se a ele como Deus e Salvador, porém o ladrão teve esse reconhecimento. Por que? O que o levou a essa percepção? O que isso nos ensina?

b) Certo escritor registrou que “Um instante da Graça de Deus é maior do que as desgraças acumuladas dos longos anos”. O que ele quis dizer com isso? Você concorda com este pensamento? Qual a relação deste pensamento com o estudo de hoje?

c) Diferente de Mateus e Marcos, Lucas registrou o arrependimento e salvação de um dos ladrões. Ele, provavelmente, quis enfatizar ainda mais a verdade de que a Salvação está sempre aberta a todos. Contudo, alguns se utilizam desse episódio para adiar sua entrega a Cristo, esperando contar sempre com “o ultimo momento” para tal, como foi com o ladrão. O que o grupo pensa sobre isso?

d) Você gostaria de apontar algum outro aprendizado, lição, ou mesmo fazer algum outro destaque sobre o estudo deste encontro entre o Ladrão na cruz e Jesus?

4. Encerramento: - Oremos para que possamos aprender a perdoar como Jesus.

pr. Márcio Abreu de Freitas