É natural ouvirmos de um(a) jovem que seu objetivo na vida é o de ser um(a) vencedor(a). Porém, todos sabemos que isso não é fácil e é por isso que a galera precisa lutar muito: encarar as escolas, os cursinhos, as faculdades, noites e finais de semana estudando, estágios, pós-graduações, o mercado de trabalho, etc... O fato é que, mesmo com tanto esforço, o sucesso na vida ainda não estará garantido, o que nos faz pensar que, além de tudo isso, existem outras atitudes que colaboram para que sejamos vitoriosos.
Que atitudes seriam essas? Creio que, ao olharmos para a história de Daniel, encontraremos essa resposta. Daniel foi um jovem que enfrentou inúmeras adversidades: foi afastado de sua terra e família, levado para a Babilônia e inserido num ambiente cultural e religioso totalmente diferente do seu, onde teria que atender a uma série de expectativas sobre ele colocadas, etc. Apesar de todo esse contexto extremamente desfavorável, ele prosperou. Ele alcançou posição de destaque e mostrou-se, incontestavelmente, um vencedor, diante de todos os desafios que se levantaram contra ele. Ao observarmos sua história, destacamos, dentre outras, três atitudes que o tornaram um jovem vencedor. Vejamos:
1º. Ele resolveu, firmemente, não se contaminar (Dn 1.8) - Daniel teve diante de si a oportunidade de experimentar todas as “iguarias” do rei. Poderia ter se contaminado com o paganismo babilônico, com a posição de destaque no palácio, com a ambição, com a ganância, etc. É o que acontece com muitos jovens cristãos. Contaminam-se com o secularismo, o intelectualismo, o liberarismo e o mundanismo, afastando-se, assim, de Deus e de Sua Palavra. Mas isso não aconteceu com Daniel, porque ele teve a firme atitude em seu coração de não se contaminar.
2º. Ele tinha amizades que edificavam (Dn 1 6-7) - Sadraque, Mesaque e Abede-Nego estavam junto com Daniel, vivendo as mesmas situações adversas. Também eram jovens que amavam a Deus e davam um grande testemunho de sua fé. Enquanto muitos jovens vão à ruína por causa da influência de más amizades, Daniel era fortalecido e estimulado à medida que convivia com amigos que abençoavam sua vida.
3º. Ele tinha disciplina para com a vida devocional (Dn 6.10) - Mesmo correndo riscos, Daniel não abria mão de seu tempo diário de jejum, oração, meditação e louvor e, assim, cultivava sua espiritualidade e seu relacionamento com Deus. É triste quando encontramos jovens que dizem não cultivar uma vida devocional, ou seja, não têm regularidade diária na oração e na leitura da Palavra. Sem essa importante prática, a fé vai se esfriando e a espiritualidade enfraquecendo-se. Lembro-me de uma frase de João Wesley, que era como que uma regra para os metodistas do século XVIII. Ele dizia: “nunca permitas, sob qualquer hipótese, que passe um dia sequer sem que tenhas pelo menos uma hora para tua vida devocional” .
É isso aí, jovens de todas as idades... todos queremos vencer! Aceitemos, pois, o desafio de viver as atitudes aprendidas com Daniel.
Texto do rev. Márcio Abreu de Freitas - metodista, meu pastor na IMC e atualmente atuando na Igreja Metodista Central de Carangola, MG.
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